Preciso de um alguém pra escutar meus medos e que entenda que ainda não apredi lidar com eles. Ainda me assusto com o furor desse mundo adulto movido por sonhos pequenos, calculados e pragmaticos. A tristeza tráz dor ao peito quando lembro-me de como fui vendendo aquilo que acreditava, tudo aos pedaços.
Talvez essa busca por novos portos seguros tenha me trazido até aqui. Um fio de esperança...
Tentei, com muita ingenuidade, caminhar o caminho de gênios. Vi que gênio não sou e que as palavras me faltam. Na poesia sou menino-aprendiz -sem-dom.
Ah, mas as palavras. Como mexem com a minh'alma. Se pudesse dominaria todas e as usaria a meu favor. Elas fogem das minhas mãos, por entre os dedos talvez, outras nem por elas passaram. É incrível pensar como podem nos escravizar e limitar, mas também ser instrumento transcendente de liberdade. Esse é meu desejo: crescer e transcender, domina-las e tornar-me livre, em mim, nelas.
Não faço por ninguém e sim por mim. É necessidade que pulsa de maneira quase incontrolável. Talvez minhas fragilidades sejam desnudas. É preciso.
Veremos o que nos aguarda...