quarta-feira, 28 de maio de 2008

Recomeço

Preciso de um alguém pra escutar meus medos e que entenda que ainda não apredi lidar com eles. Ainda me assusto com o furor desse mundo adulto movido por sonhos pequenos, calculados e pragmaticos. A tristeza tráz dor ao peito quando lembro-me de como fui vendendo aquilo que acreditava, tudo aos pedaços.

Talvez essa busca por novos portos seguros tenha me trazido até aqui. Um fio de esperança...

Tentei, com muita ingenuidade, caminhar o caminho de gênios. Vi que gênio não sou e que as palavras me faltam. Na poesia sou menino-aprendiz -sem-dom.

Ah, mas as palavras. Como mexem com a minh'alma. Se pudesse dominaria todas e as usaria a meu favor. Elas fogem das minhas mãos, por entre os dedos talvez, outras nem por elas passaram. É incrível pensar como podem nos escravizar e limitar, mas também ser instrumento transcendente de liberdade. Esse é meu desejo: crescer e transcender, domina-las e tornar-me livre, em mim, nelas.

Não faço por ninguém e sim por mim. É necessidade que pulsa de maneira quase incontrolável. Talvez minhas fragilidades sejam desnudas. É preciso.

Veremos o que nos aguarda...

terça-feira, 4 de março de 2008

Casa de Dor

E a entrada se faz, no templo fúnebre
E tudo vira dor,
Aprisiona o sentido, até a lágrima é morta.

Quando abri os olhos e vi,
A casa onde muitas vezes chorei, que foi meu lugar seguro
Senti-me aprisionado dentro dela

No cortejo vazio das almas mortas
Não quero mais isso, ressureição !

Pude sorrir, o sol nasceu mais uma vez.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Nada é querer

Teus passos não são meus sonhos
Minhas danças não são seus amores
Suas dores não são meus cantos
Minhas esperanças não são seus risos

Todo Seu, meu coração já quis ter
Viu que delírios eram muito pouco pra ser-seu
Sobraram risos das lembranças angustiantes
Dias de planos cegos, belos, puros e reais.

Que dor ou tristeza da distância vou temer?
Que medo teria de todos os dias tão longe?
Se capaz sou de trazer toda eternidade,
E transformá-la num momento

Tudo pode ter sido tão pouco ante a imensidão de existir
De todos encontros, talvez os menos marcantes
Choros e risos que podem ser esquecidos
Ainda assim, você me faz muito bem.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Aprendendo ouvir.

Numa conversa, o derramar de mim
Revelar o medo de dor, dor do medo
Prever o passado e me lembrar do futuro,
O sonho que foi, mas que nem sonhou um dia ser.

Aprender, o amor de muitos...
dor de poucos, que ninguém ouve.
Minha dor é muito pouco amor,
ouvir o aprender de tantos (ninguém)

Crescer,
Caminhar,
Viver,
Salvar,

E a verdade vivida, não vai morrer
Floresce no caminhar das angústias compartilhadas,
irrigadas pelas lágrimas de amores meninos,
que crescem e se tornam lindos botões.